10 de junho de 2004

DIA DE CAMÕES 3
Eu até já me custa tocar no assunto RTP. Preferia limpar AINDA MAIS (se possível, por Zeus!!!) o cocó do meu gato. Mas quando penso nas centenas de milhões de euros que vão ser entregues a esta empresa à conta do "serviço público" prestado, tenho de me manifestar.
Ora num daqueles programas inenarráveis da manhã ou da tarde, já nem sei, uma das brainless apresentadoras solicitava o aplauso para um "Ex-combatente". Eu sei que ela não fez por mal- é iletrada, tal como quase tudo o que por ali anda - mas aplaudir um cretino que não apenas se põe com exigências ao resto do país como ainda faz o orgulhoso elogio da guerra racista e que matou milhares e milhares de jovens portugueses é excessivo. Alguém que diga a este bando de velhadas, ex-majores e ex-capitães e por aí fora, que os militares portugueses não foram para África defender Portugal com heroísmo. Não: foram obrigados a ir para um continente adverso, matar gente que já lá estava antes de "ser Portugal". A maioria não sente orgulho em ter andado a "punir os turras". A maioria sente uma angústia que não sabe de onde vem e muitos são os que ainda afogam no álcool os traumas que ali ganharam.
Acredito, contudo, que oficiais mais graduados, de casa e familía instalada naqueles territórios achassem que estavam a defender "o que era deles". Ou que sintam, ainda, o que um pateta de um embaixador-escritor (agraciado hoje, em Bragança) definiu como "uma fractura pela perda do Ultramar".
Era tempo desta gente aceitar a História e emendar o erro de pensamento. E quanto à televisão do Estado era tempo... era tempo... Olha, sinceramente, já não vai a tempo de nada. É um cancro dispendioso que todos pagamos, apenas.

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